Visita à Oficina Cultural Geppetto

Pois é moçada! Eu registrei (ou pelo menos tentei) alguns pontos importantes de hoje. Caso eu tenha escrito algo confuso demais ou que não tenha nada a ver, comunicai-vos!
A Oficina
Há 3 anos a Oficina Cultural Geppeto atua como ONG cedendo espaço para teatro, música, fotografia, artesanato e design voltado para comunicação. Uma casa muito simples, mas com um aproveitamento de espaço que distribui entre os milímetros quadrados da casa, um estúdio de fotografia, uma oficina de impressos, estúdio musical, a casinha do "ogro", forno de pizza, ambientes diversificados e muita história pra contar. Mas a história desse santuário vai muito além. O grupo fundador surgiu em meados dos anos 80, inicialmente com um aglomerado de 18 pessoas, numa proposta voltada para as atividades de arte à comunicação. Com o passar dos anos, várias mudanças ocasionaram no desmembramento dessa "sociedade", mas não extinguindo-a por completo. Contudo, a oficina se resume na atual característica, que preserva a memória através dos impressos que marcaram os anos de "resistência" e também nos equipamentos, artesanatos com papel, cerâmica, máscaras e a própria estrutura da oficina.
O Lotufo
Numa rápida passagem sobre a sua formação como designer de produtos na Alemanha, Marcos Lotufo revelou registros históricos da sua caminhada pelos caminhos da arte, comunicação, artesanato e grandes amizades conquistadas em todas as atividades. Num momento de grande intimidade com a "turma", o mestre falou sobre a família e as experiências trocadas com artesãos, oleiros, líderes comunitários e a própria formação acadêmica. Elementos que nortearam como uma bússola, sua trajetória até os dias atuais.
De Porto Nacional (TO) à Goiânia
Em Porto Nacional, o perfil sócio-econômico do município era regido pelo patricarcalismo e aristocratas. Lotufo então decidu investir em comunicação para diversificar o movimento, lançando jornais, cordéis e cartazes, divulgando informações que pudessem valorizar a área da Saúde Pública na região. Voltando para a Alemanha, Lotufo dedicou-se na formação de Designer Gráfico com ênfase para a comunicação. De volta a Porto Nacional, notou que a péssima qualidade dos impressos locais necessitavam da sua "iluminação".
Em 1986, Lotufo e sua turma iniciaram seus trabalhos na área de design de comunicação com a Pastoral da Terra, consorciando-se com a gráfica da Pastoral, que até o momento estava inativa. A Pastoral cedeu as ferramentas para que a equipe aplicasse o know How para circular seus projetos. As dificuldades foram caracterizadas pela má valorização das peças gráficas, devido à ignorância da comunidade local. No início desse projeto, a diversidade de tecnologias em equipamentos, alojadas na oficina cultural, como copiadoras coloridas e outros, proporcionaram a melhor qualidade dos produtos finais, mesmo com baixo custo. Já em 1994, as mudanças no plano econômico do Brasil impactaram profundamente na equipe desfazendo-a. Mesmo assim o contato entre os antigos membros e o surgimento de novas forças, continuam alimentando a Oficina Cultural. A paixão gastronômica de Lotufo originou a Pizzada Cultural Geppetto, que até hoje possui esse perfil e que está abrigada nesse espaço cujo qual eu chamei de santuário. Pena que nenhum Gnomo tenha cruzado diante as lentes do Anybal e do Rodrigo, que registraram incansavelmente os melhores momentos dessa aula inesquecível.